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sábado, 15 de dezembro de 2012

DH investiga morte de integrante do Grupo AfroReggae

POR Diego Valdevino
Rio -  ‘Acabaram com meu amigo. Ele está desfigurado. Estou chocado com que encontrei no IML.’ Foi assim, bastante abalado, que Chinaider Pereira, coordenador do Projeto Empregabilidade, do AfroReggae, e ex-líder do tráfico de uma favela, reconheceu o corpo de Rafael Gonçalves Victorio, de 29 anos, executado com nove tiros, sete deles na cabeça, no início da madrugada deste sábado. A vítima chegava em casa, na Rua Miguel Pombeiro, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, quando foi alvejado pelas costas. 

Foto: Diego Valdevino / Agência O Dia
 Os disparos também atingiram sua orelha esquerda e as costas. Rafael, que segundo informações já foi braço direito do chefe do tráfico da favela de Vila Vintém, será enterrado às 10h30, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. Ele trabalhava há cerca de um ano no setor de empregabilidade do AfroReggae e tinha ido na última quarta-feira a Brasília participar de uma palestra do projeto ‘Comandos’, da entidade, que reúne, na mesma ocasião, policiais, ex-traficantes de todas as facções e ex-milicianos. Policiais da Divisão de Homicídios (DH) investigam o caso.
Vítima estava feliz com a nova vida
 Rafael Victorio era muito atuante no AfroReggae, conta José Júnior, coordenador-executivo do grupo cultural, que surgiu nos anos 90. “É lamentável. O Rafael estava feliz com a nova vida. Foi aplaudido de pé em Brasília na quarta. Nosso trabalho é de risco”, admitiu.
 Chinaider Pereira, que comandava Rafael em seu setor, informou que ele não vinha recebendo ameaças de morte. “Ele saía do trabalho e seguia para casa. Estudava e estava ansioso para tirar sua habilitação de motorista. Não andava preocupado com nada”, lamentou.
 
A terceira vítima
 Em 18/10/2009, o coordenador de Projetos Sociais do mesmo grupo, Evandro João da Silva, foi morto no Centro do Rio. Os assaltantes roubaram tênis, celular, carteira e sua jaqueta, que acabaram nas mãos de dois PMs, que os extorquiram. Em 11/11/2011 Tânia Cristina Moreira, mediadora de conflitos que conversava com criminosos, foi levada de casa, em Vigário Geral.
Postado 15 de dezembro de 2012

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