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domingo, 6 de janeiro de 2013

Com clima de revolta e comoção, corpo da menina Adrielly é enterrado

Rio - Cerca de 100 pessoas, entre parentes e amigos, acompanharam o enterro do corpo da menina Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, que teve morte cerebral após ser baleada na noite de Natal, na Zona Norte, e esperar por atendimento por mais de 8 horas no Hospital Salgado Filho, no Méier. O cirurgião Adão Crespo Gonçalves, que estava de plantão na ocasião, faltou ao trabalho. No enterro, o Movimento Rio de Paz levou réplicas de três balas de armas representando as últimas vítimas fatais do Rio e uma faixa escrito: "Quem será a próxima? Feliz Ano Novo?".
 

Em clima de revolta e comoção, o pai da menina, Marco Antonio Vieira, desmaiou e não conseguiu acompanhar o cortejo. “Tinha esperança que ela sobrevivesse, mas acabou o sofrimento. Queria saber se esse médico chega em casa e consegue ter paz. Ele é um delinquente”, disse Marco, usando o mesmo adjetivo com o qual o prefeito Eduardo Paes se referiu ao médico.

A mãe, em estado de choque, foi ao cemitério e não conseguiu forças para enterrar a criança. A irmã de Adrielly, de apenas 8 anos, chorou muito durante o funério.

 "Quero saber se esse médico consegue chegar em casa e ter paz", indagou o pai de vítima, reforçando ainda que tinha esperanças de a filha sobreviver e que irá entrar na Justiça contra o Estado.

 Algumas mães das vítimas do Massacre de Realengo e integrantes do Movimento Gabriela Sou da Paz também foram ao enterro da criança.

'Desconfio que desligaram aparelhos sem autorização', diz mãe de Adrielly

 Adriana Santos, mãe de Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, que morreu na tarde desta sexta-feira, era a imagem da indignação na noite desta sexta no IML onde, segundo os pais da criança, o corpo foi levado sem a autorização deles.

“Chegamos no Souza Aguiar para ver nossa filha e disseram que o corpo estava aqui. Até agora não vimos. Eu desconfio que possam ter desligado os aparelhos sem nossa autorização, acreditando que nós iríamos doar os órgãos. Isso tudo é muito estranho”, disparou Adriana, frisando que é contra a doação. A família quer ver o laudo do IML.

 Ela criticou o neurocirurgião Adão Crespo. Devido à ausência dele no hospital, a menina só passou por cirurgia oito horas após dar entrada no Salgado Filho: “Queria ficar cara a cara com ele e pedir explicação por ele ter faltado ao plantão”.
Postado em 06 de janeiro de 2013

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