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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Morre menina baleada na cabeça em Pilares

Adrielly dos Santos Vieira esperou oito horas para ser atendida em hospital municipal, na noite de Natal. Ela teve morte cerebral no último domingo
Rio -  A menina Adrielly dos Santos Vieira, de 10 anos, morreu na tarde desta sexta-feira, no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde. Adrielly teve morte cerebral confirmada no último domingo.
Adrielly estava desde o dia 26 em estado grave na unidade, após ser transferida do Salgado Filho, no Méier, onde esperou oito horas para ser operada. Ela será enterrado neste sábado, em horário ainda não definido, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte.
A criança havia sido atingida por uma bala perdida na comunidade Urubuzinho, em Pilares, Zona Norte do Rio, e ficou no hospital sem atendimento na noite do Natal.

O neurocirgurgião Adão Crespo Gonçalves, que estava de plantão na ocasião, faltou ao trabalho.
 
Chefe de plantão prestou depoimento
O chefe de neurocirurgia do Hospital Municipal Salgado Filho, José Renato Paixão, prestou depoimento na 23 ª DP (Méier), no começo da tarde desta sexta-feira. Ele informou que recebeu um telefonema de Adão Gonçalves, onde o médico confirmou que não iria trabalhar.
"Não conseguimos substituí-lo, porque não temos profissionais suficientes na unidade. Ele deveria ter ido a plantão", afirmou Paixão.
Os outros profissionais ouvidos foram as clínicas Eneida Reis e Maria Estela Dias, e a pediatra Lúcia Portela.
No depoimento, a pediatra disse que pediu a remoção da menina várias vezes e não sabe por que não foi atendida. 
De acordo com o delegado Luiz Arquimedes, será investigado se o chefe do plantão entrou em contato com a Central de Regulação de Leitos para solicitar a remoção de Adrielly, já que o neurocirurgião havia faltado.
O médico Mário Alberto Lapenta, que assumiu o plantão na manhã do dia 25 e realizou a cirurgia que retirou a bala da cabeça de Adrielly, deverá ser ouvido na segunda-feira.
"Demissão é pouco"
 
‘Demissão para o médico é pouco’, desabafou Marco Antônio Betim Vieira, de 36 anos, sobre a falta do médico.  “A gente é tratado como ‘João ninguém’, um nada”, lamentou, ao visitar a filha.
“Infelizmente, minha filha faleceu. Eu soube às 17h (de domingo), quando o pediatra me chamou na hora da visita. Ela ainda respira no aparelho, mas teve morte cerebral. Não há mais nada a se fazer, estou transtornado”, afirmou Marco.
Postado em 04 de janeiro de 2013

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