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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Médico falta a plantão e menina baleada espera 8h por atendimento

Criança de 10 anos foi atingida por bala perdida na véspera de Natal.

Atendimento no hospital demorou por falta de especialista, diz secretaria.
A direção do Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, subúrbio do Rio, informou à Secretaria de Saúde que o neurocirurgião escalado para o plantão noturno do dia 24 de dezembro faltou ao trabalho. A falta de um neurocirurgião na unidade nesse horário fez com que uma menina de 10 anos, baleada na cabeça na noite de segunda (24), ficasse oito horas esperando atendimento até a manhã desta terça (25).
De acordo com a escala de plantão publicada no site da secretaria, quem deveria estar no plantão noturno do Salgado Filho era o neurocirurgião Adão Orlando Crespo Gonçalves. O comentarista do RJTV Luiz Fernando Corrêa disse que o médico ligou para ele e afirmou que havia pedido demissão e, por isso, faltara ao plantão.
A Secretaria municipal de Saúde informou que será instaurado um inquérito administrativo  para apurar o caso e que havia 18 médicos neurocirurgiões escalados para o plantão de Natal nas quatro grandes emergências da cidade.

Menina foi baleada após tiros de traficantes
 
Adrielly dos Santos Vieira foi baleada na cabeça, por volta de meia-noite desta segunda, véspera de Natal, no Subúrbio do Rio, e aguardou cerca de 8 horas até conseguir ser operada no Hospital Salgado Filho, no Méier. Segundo informações do 9º BPM (Rocha Miranda), o caso de bala perdida ocorreu na Rua Amália, perto dos morros do Urubu e do Urubuzinho, em Piedade.
Ela havia acabado de ganhar seu presente de Natal quando foi atingida por uma bala perdida, segundo o pai, o auxiliar de serviços gerais Marco Antônio Vieira. Eles estavam na rua, no momento em que traficantes dos morros do Urubu e Urubuzinho começaram a soltar fogos e dar tiros para o alto, ainda de acordo com Marco Antônio. 
"Ela estava animada que tinha acabado de ganhar uma boneca de presente. Quando foi mostrar o presente, ela caiu. Pensamos que ela tinha machucado a cabeça na queda", contou o pai de Adrielly, acrescentando que a menina foi levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, onde deu entrada às 0h20 desta terça-feira (25).
Só no hospital é que os pais ficaram sabendo que a menina tinha uma bala alojada na cabeça. "Até as 3h da manhã nós não sabíamos de nada. Isso é um absurdo. Não tem ambulância nem médico para operar a minha filha", disse Marco Antônio, pouco antes das 8h20 desta terça, quando foi informado sobre a chegada de um neurocirurgião ao hospital.
Desesperados, os pais de Adrielly, acompanhados de familiares e vizinhos, aguardavam notícias na porta do hospital. "Minha filha tomou um tiro de bala perdida, está em coma e estamos aqui esperando e não sabemos de nada", disse Adriana dos Santos, mãe da menina.
 
Atingida por bala perdida em ônibus será enterrada nesta terça
Na manhã de sexta-feira (21), Flávia da Costa Silva, de 26 anos, seguia para o trabalho quando foi atingida por uma bala perdida dentro de um ônibus, no Lins, também no Subúrbio da cidade. Ela foi encaminhada para o Hospital do Andaraí, onde passou por cirurgia, mas acabou morrendo na madrugada de segunda-feira (24).
O corpo da jovem será sepultado nesta terça-feira (25), às 12h, no Cemitério de Irajá, também no Subúrbio.
Segundo o pai de Flávia, Luiz Gustavo, ela tinha se formado em química recentemente e estava feliz por ter conseguido o primeiro emprego na área que escolheu.
Testemunhas contaram que traficantes trocavam tiros no momento em que o ônibus passava por um dos acessos a um conjunto de favelas do Lins. "Teve muito tiro e logo em seguida os passageiros começaram a gritar que tinha uma passageira ferida, uma jovem”, contou o motorista do coletivo, que não quis se identificar.
Postado em 25 de dezembro de 2012

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