"Oi, meu nome é Rebeca e estou aqui para
leiloar minha virgindade (...) Não tenho fantasias. Quem der mais, leva... tipo
assim, né. Mas é isso, galera".
Jovem que leiloou virgindade pediu R$ 100 mil, diz
dono do Bahamas
"Sempre fui uma menina muito, muito
romântica", diz Catarina
Não apoio, mas estou com ela, diz mãe
As frases são
o começo e o final de um vídeo de menos de um minuto publicado há uma semana no
YouTube por Rebeca Bernardo Ribeiro, 18, paulista que mora em Sapeaçu, a 155 km
de Salvador.
Ela admitiu à
Folha ter se inspirado no recente caso da catarinense Ingrid Migliorini, 20,
que levantou R$ 1,5 milhão em um leilão do tipo, promovido para um documentário
australiano.
Se Ingrid
disse que pretendia usar o dinheiro para financiar casas populares, Rebeca diz
buscar ajuda para a mãe Divinalva, 59, que passou por um segundo AVC (acidente
vascular cerebral) há dois meses "e precisa de auxílio para andar e até
comer".
O pai morreu há três anos e a irmã mais velha, há
um, relata. A única renda da casa com 13 galinhas e um coelho no quintal é uma
pensão de um salário mínimo (R$ 622).
Por causa das
gozações na cidade, com 16,5 mil habitantes, ela deixou de frequentar as aulas
do ensino médio e chegou a anunciar desistência. "Houve uma repercussão
muito negativa, mas eu decidi levar em frente".
Ela apresenta
o amigo Matheus Souza, 18, cantor de uma dupla sertaneja em que Rebeca era
backing vocal, como seu "assessor" na empreitada. É quem atende às
ligações no celular, organiza entrevistas e faz a intermediação com os
interessados.
"Já
tivemos um lance de R$ 60 mil, de um empresário do sul do Estado", diz
ele. Os lances são recebidos por e-mail e telefone, com a meta de chegar aos R$
100 mil.
O episódio
chamou a atenção da promotora Sônia Suga, da comarca local. "A posição do
rapaz é criminosa. Age como se fosse um rufião, um cafetão no popular",
afirma ela, apontando crimes do Código Penal.
A promotora
diz que precisaria da consumação do fato para tomar alguma medida. "A
menina não tem muito juízo. Ela não percebeu que virou um ponto de referência
local, que pode ficar para o resto da vida."
Questionado
pela reportagem, Matheus mudou de versão. "O povo que me apelidou de
assessor. Eu estava só tentando ajudar como amigo."
Mas a garota
diz que "ainda está analisando a situação". Dependeria de conseguir
dinheiro de outra forma, a exemplo de uma doação.
Bol
Postado
em 24 de novembro de 2012
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