Registrada como menino, uma garota viveu durante
dois anos com o nome Samuel em Senador Canedo (região metropolitana de
Goiânia). A alteração do sexo da criança na certidão de nascimento aconteceu a
partir de uma fraude de documentos feita pela mãe, identificada apenas como
Natasha, logo após o nascimento. A mulher justificou seu ato dizendo que não
queria que a filha fosse vítima de abusos sexuais.
Assim que recebeu a certidão de nascido vivo emitida
pela maternidade municipal Aristina Cândida, ela rasurou, de forma grosseira, a
indicação do sexo para masculino. Apesar da manipulação no documento, o
cartório da cidade fez o registro da criança como menino e com o nome Samuel.
O comportamento da mãe em relação à criança levantou
suspeitas na família. Ela não permitia proximidade com a criança e nunca
deixava que Samuel tomasse banho ou trocasse de roupa com alguém que não fosse
ela própria, a mãe. E o cabelo do “menino” estava sempre curto.