A administração do Hopi Hari diz que a trava
funcionou normalmente e o brinquedo, que passou por perícia, foi liberado.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o
caso. Amanda Ferreira, 14, disse à polícia que sentou na última fileira dos
carrinhos e, durante o trajeto, sentiu que a trava em cima das suas pernas
estava "balançando". Depois, viu que o equipamento estava aberto.
"Entrei em pânico. Ainda bem que meu namorado
estava do lado e segurou bem forte antes da trava abrir totalmente, senão eu
podia ter caído", afirmou a garota à reportagem.
Segundo ela, antes do início do percurso, um monitor
do parque checou as travas de todos e a dela não estava aberta. No final, os
jovens dizem que conseguiram travar novamente o equipamento por conta da
pressão que fizeram. "Ficamos o trajeto todo numa agonia porque dava para
sentir que ela estava solta", disse o namorado Yuri Barbi, 18, que estava
na cadeira ao lado.
Ele afirma ainda que teve luxações no mesmo braço em
que teve fratura há algumas semanas, e que por isso voltou a ficar engessado. A
namorada dele diz que teve um corte na boca.
O delegado Carlos Renato disse que aguardará o
resultado da perícia feita no brinquedo e o depoimento de testemunhas para se
manifestar sobre o caso.
De acordo com o vice-presidente do Hopi Hari,
Cláudio Guimarães, a atração passou por fiscalização de técnicos do parque, que
não identificaram nenhum problema no brinquedo. "Esse tipo de trava tem
que ter mesmo uma flexibilidade, senão quebra. O movimento que eles sentiram
estava dentro dos limites operacionais."
A assessoria de imprensa do parque afirmou que a
atração possui um mecanismo capaz de impedir que as travas abram durante o
percurso e que o sistema de travamento é o mesmo a cada conjunto de seis
assentos.
OUTRO CASO
Em fevereiro, a jovem Gabriella Nichimura, 14,
morreu ao cair do brinquedo La Tour Eiffel no Hopi Hari. Ela sentou em uma
cadeira que estava inoperante e sua trava abriu durante a descida de quase 70
metros.
O inquérito policial foi concluído em abril, quando
o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior indiciou doze pessoas, entre elas o
presidente do parque, Armando Pereira Filho. O caso segue em tramitação na
Justiça.
Postado em 28 de dezembro de 2012
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