Atendimento no hospital demorou por falta de especialista, diz
secretaria.
A direção do Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, subúrbio do Rio,
informou à Secretaria de Saúde que o neurocirurgião escalado para o plantão
noturno do dia 24 de dezembro faltou ao trabalho. A falta de um neurocirurgião
na unidade nesse horário fez com que uma menina de 10 anos, baleada na cabeça
na noite de segunda (24), ficasse oito horas esperando atendimento até a manhã
desta terça (25).
De acordo com a escala de plantão publicada no site da secretaria, quem
deveria estar no plantão noturno do Salgado Filho era o neurocirurgião Adão
Orlando Crespo Gonçalves. O comentarista do RJTV Luiz Fernando Corrêa disse que
o médico ligou para ele e afirmou que havia pedido demissão e, por isso,
faltara ao plantão.
A Secretaria municipal de Saúde informou que será instaurado um
inquérito administrativo para apurar o
caso e que havia 18 médicos neurocirurgiões escalados para o plantão de Natal
nas quatro grandes emergências da cidade.
Menina foi baleada após tiros de traficantes
Adrielly dos Santos Vieira foi baleada na cabeça, por volta de
meia-noite desta segunda, véspera de Natal, no Subúrbio do Rio, e aguardou
cerca de 8 horas até conseguir ser operada no Hospital Salgado Filho, no Méier.
Segundo informações do 9º BPM (Rocha Miranda), o caso de bala perdida ocorreu
na Rua Amália, perto dos morros do Urubu e do Urubuzinho, em Piedade.
Ela havia acabado de ganhar seu presente de Natal quando foi atingida
por uma bala perdida, segundo o pai, o auxiliar de serviços gerais Marco
Antônio Vieira. Eles estavam na rua, no momento em que traficantes dos morros
do Urubu e Urubuzinho começaram a soltar fogos e dar tiros para o alto, ainda
de acordo com Marco Antônio.
"Ela estava animada que tinha acabado de ganhar uma boneca de
presente. Quando foi mostrar o presente, ela caiu. Pensamos que ela tinha
machucado a cabeça na queda", contou o pai de Adrielly, acrescentando que
a menina foi levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, onde deu entrada
às 0h20 desta terça-feira (25).
Só no hospital é que os pais ficaram sabendo que a menina tinha uma bala
alojada na cabeça. "Até as 3h da manhã nós não sabíamos de nada. Isso é um
absurdo. Não tem ambulância nem médico para operar a minha filha", disse
Marco Antônio, pouco antes das 8h20 desta terça, quando foi informado sobre a
chegada de um neurocirurgião ao hospital.
Desesperados, os pais de Adrielly, acompanhados de familiares e
vizinhos, aguardavam notícias na porta do hospital. "Minha filha tomou um
tiro de bala perdida, está em coma e estamos aqui esperando e não sabemos de
nada", disse Adriana dos Santos, mãe da menina.
Atingida por bala perdida em ônibus será enterrada nesta terça
Na manhã de sexta-feira (21), Flávia da Costa Silva, de 26 anos, seguia
para o trabalho quando foi atingida por uma bala perdida dentro de um ônibus,
no Lins, também no Subúrbio da cidade. Ela foi encaminhada para o Hospital do
Andaraí, onde passou por cirurgia, mas acabou morrendo na madrugada de
segunda-feira (24).
O corpo da jovem será sepultado nesta terça-feira (25), às 12h, no
Cemitério de Irajá, também no Subúrbio.
Segundo o pai de Flávia, Luiz Gustavo, ela tinha se formado em química
recentemente e estava feliz por ter conseguido o primeiro emprego na área que
escolheu.
Testemunhas contaram que traficantes trocavam tiros no momento em que o
ônibus passava por um dos acessos a um conjunto de favelas do Lins. "Teve
muito tiro e logo em seguida os passageiros começaram a gritar que tinha uma
passageira ferida, uma jovem”, contou o motorista do coletivo, que não quis se
identificar.
Postado
em 25 de dezembro de 2012
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